Por Fábio Sormani
Abel Ferreira foi contratado pelo Palmeiras em outubro de 2020. Pouco mais de três meses depois ganhou seu primeiro título: campeão da Libertadores. Após um mês e meio, conquistou a Copa do Brasil. Depois, ficou mais de um ano sem ganhar nada, mas neste período estava encaminhando outro título importante: o bi da Libertadores, que veio no final de 2021. O português começou este 2022 a todo o vapor: em março levantou o troféu de campeão da Recopa Sul-Americana e um mês depois alcançou o Paulista.
Estamos a quatro rodadas do final do Brasileiro, título que Abel ainda não tem. O Palmeiras está dez pontos à frente do Internacional, o segundo colocado. Na próxima rodada, se bater o Fortaleza no seu Alianz Parque, é campeão independente do resultado do Inter. Mas se por uma obra do acaso ele, Palmeiras, perder, conquista o Brasileiro se os gaúchos tropeçarem no América, em Belo Horizonte.
O Palmeiras é o virtual, ou melhor, o Palmeiras é o campeão brasileiro. E este será o sexto título de Abel Ferreira comandando o alviverde. Seis títulos em pouco mais de dois anos dirigindo o Palmeiras. Isso dá uma média de três voltas olímpicas (isso é coisa do passado, eu sei) por temporada. Não é pouco — eu diria que é muito, especialmente no nosso futebol, onde existem vários times que brigam por campeonatos.
A Copa do Mundo do Catar começa em 20 de novembro próximo. Dia 18 de dezembro, acaba.
O Brasil é um dos favoritos ao título — pelo menos eu vejo assim. Se for campeão, Tite, o nosso comandante, tem todo o direito de permanecer no cargo. Se não vencer, teremos que procurar um treinador.
E na minha opinião, não há ninguém mais talhado do que Abel Ferreira.
Os treinadores brasileiros vão espernear, mas contra fatos não há argumentos. Eles que tratem de trabalhar, como o obcecado Abel trabalha, para tentar fazer o que o português faz para se candidatarem ao ciclo que se iniciará depois da Copa de 2026, que terá como sede México, EUA e Canadá, pois, repito, o meu escolhido caso Tite deixe o comando do nosso selecionado é Abel Ferreira.
Se isso acontecer e Abel for campeão com o Brasil, terá todo o direito de permanecer no cargo. Assim como Tite, caso o brasileiro levante a taça no Catar. E se isso acontecer, os chiliquentos continuarão a ter chiliques.
Mas que culpa tenho eu se os brasileiros são acomodados e Abel é determinado?
Uma resposta para “Se houver justiça, Abel Ferreira assume a Seleção depois da Copa”
Sormani, não pare nunca de escrever! Que texto maravilhoso!
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