Por Fábio Sormani

Flamengo 1-0 Athlético (N)
Flamengo 2-1 Velez (C)
Flamengo 4-0 Velez (F)
Flamengo 1-0 Corinthians (C)
Flamengo 2-0 Corinthians (F)
Flamengo 7-1 Tolima (C)
Flamengo 1-0 Tolima (F)
Flamengo 2-1 Sporting Cristal (C)
Flamengo 3-0 Universidad Catolica (C)
Flamengo 2-2 Talleres (F)
Flamengo 3-2 Universidad Catolica (F)
Flamengo 3-1 Talleres (C)
Flamengo 2-0 Sporting Cristal (C)

Está aí a campanha do Flamengo como campeão da Libertadores. O tri da sua história. Campeão invicto: 12 vitórias e um empate (2-2 contra o Talleres na Argentina); 33 gols marcados e apenas oito sofridos e tendo em Pedro o artilheiro da competição com 12 gols.

Dá pra reclamar? Tem gente que reclama, dizendo que o time jogou pouco nesta final.

Um absurdo.

Final tem que ser vencida — e o Flamengo venceu.

Ah, o time teve um jogador a mais desde o final do primeiro tempo. Verdade, mas não podemos esquecer que Arrascaeta se arrastou em campo por conta de uma pubalgia. Foi como se o Flamengo tivesse dez no jogo. Por conta disso, Éverton Ribeiro cansou no segundo tempo e não jogou o que jogou no primeiro tempo. Éverton Ribeiro fez o trabalho dele e do Arrascaeta.

Tem mais: Pedro, escolhido o melhor jogador da Libertadores (pra mim foi Éverton Ribeiro), não deu o ar da graça nesta final. Foi muito bem marcado pelos beques do Furacão.

E por falar em beques, a expulsão do zagueiro Pedro Henrique aos 43 minutos do primeiro tempo, fez desmoronar o sistema armado pelo técnico Luis Felipe Scolari, o Felipão, para esta final. E foi exatamente onde Pedro Henrique deveria estar (e não estava) que Gabriel fez o gol do título, cinco minutos depois, aproveitando-se da hesitação do volante Fernandinho, que foi improvisado por Felipão naquele momento.

Errou Felipão? Falar agora é fácil, ele tentou o recuo de Fernandinho, mas isso custou a Libertadores. Ou será que foi a expulsão de Pedro Henrique? Os atleticanos vão discutir isso nos próximos dias, meses e talvez anos.

Flamengo tricampeão da Libertadores. Justo campeão. Foi a terceira final nos últimos quatro anos, com dois títulos (o outro foi em 2019).

Ah, sim, queria falar um tiquinho do Gabriel: nessas três finais o Flamengo marcou quatro gols, todos feitos pelo Gabi (como ele pede para ser chamado. Detalhe: ele está praticamente fora do Mundial do Catar. Alô, Tite, Gabriel é iluminado, não se esqueça disso.

Pra encerrar: a partir de agora, quando for à sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai, é só o Flamengo meter o dedo na catraca que ela será liberada. Está entre os maiores da competição.