Por Fábio Sormani

Flamengo pode desperdiçar chance de ouro para continuar sua internacionalização. Tudo por conta do Estadual e da Supercopa do Brasil.

O clube recebeu convite do Inter de Miami para disputar um torneio preparatório da próxima temporada no sul da Flórida. Teria companhia também do River Plate.

No entanto, o Estadual começa no dia 15 de janeiro e no dia 28 tem a decisão da Supercopa do Brasil contra (provavelmente) o Palmeiras. Um baita jogo, sem dúvida.

Mas o que eu pergunto é: o Flamengo quer ficar medindo forças contra adversários domésticos (os quais ele vai enfrentar inevitavelmente no Brasileiro e possivelmente na Copa do Brasil e na Libertadores) ou pretende conquistar o mundo, como Real Madrid, Barcelona, City e Liverpool fazem ao ir para a Ásia e/ou EUA fazerem suas pré-temporadas e também participar de torneios amistosos?

Eu, se fosse presidente do Flamengo, ordenaria ao departamento de futebol que se esqueça o Estadual e a Supercopa do Brasil. Mais importante do que esses dois canecos (ou canequinhos?) é a marca Flamengo expandir seus horizontes para o mundo todo.

O próprio Flamengo já escanteou o Estadual ao abrir mão da cota televisiva. A Supercopa do Brasil é um troféu meramente simbólico, de um jogo só e que, neste ano, deu ao campeão (Atlético) R$ 5 milhões e ao vice (Flamengo) R$ 2 milhões.

A imagem do Flamengo vale apenas R$ 5 milhões e dois canequinhos? Claro que não: a imagem do Flamengo vale muito mais do que isso, é incontável, eu diria.

Ir para os EUA fazer pré-temporada e participar do torneio promovido pelo time de David Beckham é estender seus tentáculos pelo mundo, atender seu torcedor que mora em Miami e região e mostrar que o Flamengo pensa grande e não vai se contentar apenas com o reino local.