Por Fábio Sormani

Flamengo está de olho em Claudinho. Que Claudinho? O Claudinho que era do Red Bull e que foi eleito o melhor jogador do Brasileirão de 2020.

Lembrou? Pois é, Claudinho foi vendido no ano passado para o Zenit, da Rússia. Valor: € 15 milhões. No câmbio de hoje, algo em torno de R$ 76 milhões.

Vale o investimento? Claro que vale. Não é caro demais? O que é caro para uma instituição como o Flamengo se o objetivo quando se contrata não é revender, mas sim obter vantagens dentro de campo ganhando títulos?

Vamos raciocinar: Claudinho tem 25 anos. Se comprado, assinará um contrato de cinco temporadas. Jogará fácil até os 30 anos. Agora, o mais importante: ele joga em várias posições do ataque e pode, perfeitamente, ser a alternativa para o Arrascaeta que o Flamengo tanto precisa.

Claudinho foi base do Santos durante 12 anos (2003/15). Passou dois anos no Corinthians (2015/16). No Santos ele disse não ter ficado por causa de um diretor (que ele jamais declinou o nome) e no Corinthians porque faltou um olhar agudo para se detectar o valor de Claudinho.

Perambulou por Santo André, Oeste, Ponte Preta, até chegar ao time de Bragança Paulista em 2018.

Fez parte da seleção olímpica que ganhou a medalha de ouro nos Jogos do Japão em 2020. Pela seleção principal foi convocado para os jogos das eliminatórias desta Copa do Catar contra Chile, Argentina e Peru.

Eu, se fosse o Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, contrataria o Claudinho. E o jogador, no frio russo, já disse que adoraria vestir o manto rubro-negro. E quem não gostaria?

E quem não gostaria de ter Claudinho? O Flamengo gostaria — e quer tê-lo.

Um casamento que tem tudo para dar certo. E que tem tudo para resolver alguns problemas na Gávea e tornar o Flamengo mais forte do que já é.