Por Fábio Sormani

Tudo errado. Foi tudo errado.

Brasil jogou melhor e perdeu. Que é o que tem acontecido há 20 anos.

Perdeu de maneira infantil. Tomou um gol de contra-ataque quando vencia o jogo.

Inaceitável. O empate contra a Croácia em 1-1 (gols marcados na prorrogação por Neymar e Petkovic) levou a decisão da vaga para a semifinal para os pênaltis.

E fomos eliminados.

Faltou comando, faltou treinador no banco de reservas. Não temos treinadores aqui.

O jeito é buscar fora. Ou algum estrangeiro que esteja aqui.

Isso mesmo, Abel Ferreira. O ideal seria Pep Guardiola, mas é difícil.

Sendo assim, vamos de Abel mesmo. Ele não é primeira linha na Europa, longe disso, mas aqui ele reina.

Que seja Abel então.

Tite não soube comandar o time no banco. Tomamos o empate a dois minutos do final e da classificação para a semi da Copa do Catar.

De contra-ataque, repito. E o Tite é especialista em defesa, dizem.

Imagina se não fosse. Teria sido muito pior, imagino.

Rodrygo, um menino de apenas 21 anos, dois jogos na Copa, que passou todo o ciclo sem ser convocado, foi destinado a bater a primeira cobrança na decisão da vaga pelas penalidades máximas. Errou.

Culpa do menino? Claro que não; ele teve peito pra ir até lá e bater.

Culpa foi de quem mandou-o bater e que atende pelo apelido de Tite. A primeira penalidade tem que ser cobrada pelo melhor batedor.

Nosso melhor é Neymar. E Neymar não cobrou nenhuma penalidade, pois a disputa acabou antes de ele bater (Marquinhos errou a outra penalidade).

Tem mais: Daniel Alves foi para a Copa quando outro jogador poderia lá estar. Ah, foi convocado para alegrar o ambiente.

Absurdo, não é mesmo? Jogador ser convocado para alegrar o ambiente e ajudar o treinador com o grupo.

Os assistentes servem pra quê? Acho que pra nada.

Quer mais? Eu te digo: se o Cássio fosse nosso goleiro, creio que o Brasil teria se classificado.

Alisson não defendeu nenhuma penalidade. Pior, durante o jogo, a única bola que foi no gol, entrou.

Mas tudo isso é fruto de uma entidade que “comanda” o nosso futebol: a CBF. Estamos fartos dela.

Fartos dos nossos cartolas. E nada indica que isso vai mudar.

E continuaremos sendo eliminados, eliminados, eliminados.

Até quando?