Por Fábio Sormani

O Palmeiras vendeu Endrick para o Real Madrid. Uma fortuna: R$ 330 milhões (€ 60 milhões), sendo que o clube espanhol vai arcar com todas as taxas exigidas pelo fisco da Espanha. Esse dinheiro chegará limpinho para o Palmeiras. Desta forma, Endrick custou € 72 milhões ao Madrid (R$ 407 milhões)

O Palmeiras tem direito a 70% dos R$ 330 milhões (R$ 231 milhões). Os outros 30% ficam com o jogador e seu estafe (R$ 99 milhões).

O Palmeiras, que já é endinheirado, vai ficar ainda mais endinheirado. E o distanciamento para os rivais, aumentará ainda mais. A exceção é o Flamengo, que fatura demais também.

Sendo assim, o futebol brasileiro, que está polarizado entre Palmeiras e Flamengo, continuará da mesma maneira.

Endrick é fruto de um trabalho de reestruturação da base do Palmeiras que começou com Alexandre Mattos na época do Paulo Nobre. Depois de quatro anos os frutos começaram a ser colhidos.

Danilo, Gabriel Menino, Gabriel Veron, Patrick de Paula, Wesley, Vanderlan, sem falar em outros meninos que vão desabrochar neste 2023. E Endrick, claro.

Investir na base é um dos segredos para o sucesso de todos os times. Mas o investimento tem que ser criterioso e sério.

Criterioso significa ter gente certa no lugar certo. Gente certa significa gente competente.

Trabalho sério significa ter como objetivo final apenas e tão somente o clube. Ou seja: nada de se envolver com empresários que não trabalham com seriedade.

O Palmeiras faz isso. Outros grandes não fazem.

O resultado está aí. Transação milionária.

Pra finalizar: Endrick tem apenas 16 anos e pela legislação brasileira ele não pode deixar o país neste momento. Jogará dois anos no time profissional, pois com 18 anos, maior de idade, poderá partir para a Espanha.

E quando isso acontecer, do jeito que o Palmeiras está estruturado em sua base, talvez um novo Endrick aparecerá.