Por Fábio Sormani

O futebol devia uma copa ao Messi. Finalmente pagou.

Messi não podia se aposentar sem um título mundial com a Argentina, caso contrário os obtusos iriam insistir na tese de que ele era inferior a Maradona porque Maradona ganhou uma Copa.

Agora ambos estão iguais: uma Copa para cada um; um vice Mundial para cada um.

Mas a Copa que Messi ganhou não terá asterisco. A do Maradona tem: o gol de mão feito contra a Inglaterra.

Messi é o méximo!

Desculpem o trocadilho infame, mas não resisti.

Maradona reinou em sua época durante quatro, no máximo cinco anos. Messi reina há quase duas décadas.

Messi tem mais de quarenta títulos na carreira, como quatro Champions League. Foi eleito sete vezes o melhor do mundo, e deverá conquistar esse galardão pela oitava vez.

Maradona não tem dez títulos no currículo. E nenhuma Champions, onde nem final chegou a fazer.

Messi ganhou títulos sem contestação, nunca foi pego no doping, nunca fez gol trapaceando a regra do jogo. E nunca se perdeu pelo caminho. Sempre soube distinguir o certo do errado.

Ele é o arquétipo do bom moço, do homem bem sucedido. O certo sobressaindo sobre o errado no imaginário popular.

Está com sua mulher, Antonella, desde que era Lionel, quando ambos tinham 14 anos. E não a trocou depois que se tornou Messi.

É família. É do bem.

Ah se o mundo fosse permeado de “Messis”… Creio que muito dos sofrimentos não existiriam.

Messi é o méximo, torno a dizer — e peço desculpas mais uma vez pelo trocadilho infame.

O futebol devia uma copa ao Messi. Finalmente, pagou.

Espero que essa frescura de se comparar Messi a Maradona agora se acabe.

Eu vi os dois jogar. Messi é muito melhor.

Vá por mim.