Por Fábio Sormani
Preocupante. E muito. Foi a primeira derrota do Santos nesta temporada (0-2 diante do Guarani, ontem [18/01], em Campinas), mas esqueçam o resultado, analisem o desempenho: dois jogos do Santos neste 2023 e duas atuações sofríveis, pavorosas.
Quatro tempos (dois no primeiro jogo e dois no segundo) e quatro tempos ruins. O segundo tempo do jogo contra o Mirassol foi bom? Desculpa, mas não foi: não se esqueça que o Mirassol jogou com um a menos porque Lucas Ramon, o lateral-direito do time do interior de São Paulo, ficou em campo machucado, fazendo numeração, porque o time já tinha feito as cinco alterações.
É começo de trabalho, a gente tem que dar um desconto. Mas está na hora de mostrar alguma coisa, uma coisinha de nada, mas está na hora.
Esse time em campo parece time de pelada, quando os jogadores se encontram aos finais de semana para bater uma bola e se divertir — mas nesse caso não há diversão alguma, pois o futebol mostrado é torturante.
Odair Hellmann é um bom treinador. O Santos acertou em contratá-lo. Ele precisa de tempo para arrumar um time que está desarrumado há duas temporadas. Mas se ele não mostrar alguma coisa, uma coisinha apenas, ele vai começar a enfrentar a insatisfação dos santistas. E trabalhar assim, pressionado, é fogo (pra não dizer outra coisa).
Está na hora de o treinador mexer no time. E três jogadores não justificam mais a titularidade, mesmo após dois jogos, pois o desempenho deles nessas duas partidas foi tétrico.
Falo de Maicon, Lucas Pires e Zanocelo. É o momento de se colocar o Messias na zaga, improvisar um lateral-direito na esquerda (Felipe Jonatan continua machucado) e esquecer que o Zanocelo existe.
E outra coisa: Lucas Braga não pode entrar aos 40 minutos do segundo tempo. Ele mostra desempenho em boa parte dos jogos que entra em campo e não pode ser o terceiro reserva do ataque, ficando atrás do Lucas Barbosa e Rwan Seco.
Aliás, ontem, era ele quem deveria entrar no lugar do Zanocelo, no intervalo do jogo, e não o Ângelo. Mas não: entrou o Ângelo, entrou o Lucas Barbosa, entrou o Rwan Seco e nada do Braga.
Próximo jogo será no domingo (22/01) contra o São Bernardo, no ABC paulista. Espero por mudanças: de nomes e de comportamento, pois os jogadores precisam se doar mais em campo. Estão sendo surrados pelos adversários e não mostram reação alguma.
Atuações
João Paulo — O Santos tomou três gols no campeonato e ele falhou nos três. Nota 0,5.
João Lucas — Alguém o viu em campo? Nota 1.
Maicon — Parece um ex-jogador ainda em atividade. Nota 0,5.
Bauermann — Falhou no primeiro gol. Inseguro. Nota 0,5.
Lucas Pires — Horroroso! Nota 0,5.
Sandry — Perdidinho em campo. Nota 1,5.
Dodi — Até agora, nada. Nota 1,5.
Zanocelo — Sem comentários. Nota 0.
Mendoza — Até agora, nada também. Nota 1,5.
Marcos Leonardo — Acho que confundiu jogo de bola com brincadeira de esconde-esconde. E nessa ele foi muito bem. Nota 0,5.
Soteldo — Um desânimo só. Nota 1,5.
Ângelo — Não entrou bem. Nota 1,5.
Lucas Barbosa — Atrapalhado. Nota 1,5.
Rwan Seco — Idem. Nota 1,5.
Nathan — O de sempre. Nota 1,5.
Lucas Braga — Entrou aos 40´2T. Sem nota.
2 respostas para “Estamos em 2023, mas o futebol do Santos parece o de 22 e 21”
Boa tarde a todos!
Vamos, lá: A mediocridade e o sono, venceram a emoção, e não consegui assistir o segundo tempo. E hoje, ao saber do resultado, sei que dormir, foi a melhor decisão.
Infelizmente, não tenho mais dúvidas, teremos mais um ano que, a única meta será não ser rebaixado. Se Eu fosse o presidente, já decretaria que, nos campeonatos onde não temos o rebaixamento, entraria com Sub20 e tentaria de todas as maneiras que o time “titular” voltasse as poucas condições, em se manter nas séries A. Lamentável, mas é a triste realidade.
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De fato o time lembra muito aqueles jogos de final de semana entre solteiros x casados. Não tem conjunto, coletividade e futebol é jogo coletivo onde os talentos individuais se sobressaem qdo o coletivo funciona. O Zanocelo, tenho a impressão, que não foi comprado por seu “talento” e sim por uma oportunidade de negócio numa venda futura uma vez que havia a expectativa de outros clubes interessados, só que as propostas concretas, no final, não apareceram. O Marcos Leonardo ganhou fama qdo entrava nos minutos finais dos jogos e sempre encaçapava o dele. Um jogo inteiro é muito tempo pra ele, que fica perdidinho em campo feito cego em tiroteio. O Lucas Pires jogou muito nos primeiros jogos até estenderem o contrato dele. Seria melhor voltar ao contrato antigo. O Ângelo parece que quer pra ele o apelido de enceradeira que deram ao Zinho, só que este ainda desempenhava importante função tática. O Ângelo só cisca. O João Paulo tem excelentes serviços prestados, mas eu preferia ter mantido o John e ter feito algum dinheiro com ele. Enfim tá complicado, mas não vamos desanimar. È só o início de temporada, teremos uma longa temporada pra lamentar.
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