Por Fábio Sormani
O Santos entra na última rodada da fase de classificação (domingo, dia 05/03) não dependendo apenas de si para se classificar. Depende do que o Botafogo-RP fizer. Se o time do interior vencer o São Paulo, em casa, estará classificado. Para o Santos se classificar ele tem que: 1) ganhar do Ituano em Itu e torcer para o Botafogo no máximo empatar; 2) se empatar, tem que torcer para o Botafogo perder.
Aliás, por falar em perder, o Santos perdeu várias oportunidades neste campeonato para evitar esta situação incômoda da última rodada. Empatou em casa contra Água Santa e Ferroviária e perdeu em Campinas para um Guarani que apanhou de cinco em seu Brinco de Ouro para o São Bernardo.
Agora não adianta chorar. É fazer a parte dele e secar o Botafogo.
Mas esse é o problema: o Santos fazer a parte dele. O time do técnico Odair Hellmann não é confiável. É fraco, despersonalizado, sucumbe a qualquer pressão quando joga fora de casa e seus jogadores, individualmente, são apenas medianos.
E é sempre bom lembrar que o Ituano, se vencer, não será rebaixado. Imagino o Novelli Júnior entupido de torcedores a empurrar o time da casa. Vai ser nesse cenário que o Santos tentará ao menos empatar — e nesse caso torcer para o Botafogo perder, como vimos acima.
Você está esperançoso? Nem eu.
Esta tem sido a história do Santos nos últimos dois anos durante a gestão Andrés Rueda, creio que o pior presidente da história do clube. Havia uma esperança de que este ano seria tudo diferente, que seria melhor. Essa esperança existia porque o próprio Rueda disse que se o Santos sobrevivesse aos dois primeiros anos (e sobreviveu), tudo seria diferente em 2023. Mas nada mudou.
Se o Botinha ganhar do São Paulo, pelo terceiro ano consecutivo o Santos não vai se classificar para a fase de mata-mata do Campeonato Paulista. Além do vexame moral, vem a reboque os danos financeiros, pois perde-se em premiação e, mais do que isso, corre-se o risco de ficar de fora da Copa do Brasil do ano que vem — o que também é um vexame moral.
O Santos vai a Itu sem Marcos Leonardo, que infantilmente tomou o terceiro cartão amarelo. Se você colocar a vogal “a” entre as consoantes iniciais de seu nome, você verá o que ML é.
Pra mim, todavia, ficar sem ML não é problema. Eu, se fosse treinador do Santos, já o teria colocado no banco de reservas há algum tempo. E por falar nisso, é lá também que deveria estar Maicon. Êta beque ruim! Falha em todos os jogos, deixa inseguro o sistema defensivo (especialmente Joaquim, seu companheiro de zaga) e é uma tragédia no jogo aéreo, seja na defesa ou no ataque (lembra do gol que ele perdeu ao cabecear, sozinho, para fora um cruzamento da direita?).
De todo o modo, empatar com o Corinthians em 2-2, mesmo que na Vila, neste domingo (26/02) não foi um resultado a se lamentar. A se lamentar foram os três resultados que eu mencionei acima. O Santos poderia ter hoje cinco pontos a mais, totalizando 19, e em primeiro em seu grupo, já classificado.
Mas isso não aconteceu. E não aconteceu porque o time é ordinário.
Não existe mais o risco do rebaixamento. Isso é um alívio. Mas o medo está no Brasileiro. Como será? Do jeito que está, vai brigar novamente para não cair para a Série B.
Isso, todavia, faz parte do futuro. O que se tem que lidar agora é com o presente, melhorá-lo, para que o futuro não seja tenebroso.
Atuações
João Paulo — Falhou nos dois gols do Corinthians. Nota 2.
João Lucas — Jogador comum, que não consegue dar algo a mais. Nota 3.
Maicon — Péssimo! Nota 0,5.
Joaquim — Sofre por estar ao lado do Maicon. Nota 4,5.
Lucas Pires — Foi dele a jogada que originou o primeiro gol. Mas defensivamente é um terror. Nota 4,5.
Fernandez — Voltou a ser o boi-bravo que só atrapalha e nada acrescenta. Nota 3,5.
Dodi — Desta vez não lembrou o Kanté. Nota 4.
Lucas Barbosa — Um gol e muita movimentação. Não sei por que foi substituído. Nota 6,5.
Lucas Lima — Contra um time mais bem qualificado, não jogou o que jogou nas partidas anteriores. Nota 4,5.
Mendoza — Só foi notado quando sofreu o pênalti. Nota 3,5.
Marcos Leonardo — Pelo menos não desperdiçou o pênalti. Nota 4,5.
Balieiro — O de sempre. Nota 3.
Ivonei — Bateu uma falta no travessão. Poderia ter entrado antes. Nota 4,5.
Lucas Braga — Jogou o de sempre; ou seja, quase nada. Nota 3.
Rwan — Atuou pouquíssimo tempo. Sem nota.
Blog do Sormani 
7 respostas para “Santos empata e tem que torcer contra o Botafogo para se classificar”
Bom dia Sormami!
Concordo em 99% com sua análise, o 1% fica por conta da avaliação que você faz do João Paulo, o vilão do time para muitos e que você me parece está aderindo, o que eu discordo.
A zaga é uma desgraça, o treinador é incompetente e insensível/obtuso para notar que com essa zaga e sua tática inconsequente joga qualquer goleiro(Gylmar, Cláudio, Cejas, Rodolfo Rodrigues) aos leões, e aí vem esse corolário que tenho lido e ouvido ao longo dos últimos anos: “não sai do gol, e se sai não era pra ter saído, se não sai era pra ter saído, chutes e cabeçadas a queima roupa e solitário/desassistido pelos “companheiros” é tido como falha, frango …, não pega pênalti e por aí vai”.
Acho até que já escrevi aqui em postagem anterior: “com muito pezar, afinal sou Santista e sempre procuro valorizar e reconhecer quem muito faz pelo clube, e desde que assumiu o gol do Santos, o João Paulo é só o que ele tem feito, diria eu se por acaso encontrasse com o JP – Vai João, vai ser feliz e reconhecido em outro clube, pois no Santos você será sempre o vilão, o responsável pelos insucessos do time, um goleiro comum e nada confiável, esse clube e parte dessa torcida e críticos NÃO te merece!”.
Claro que o JP deve melhorar alguns aspectos, afinal a perfeição quase nunca é atingida/alcançada, mas ela pode e deve ser perseguida, e daí a ficar pegando no pé dele jogo sim e outro também é(minha opinião claro) implicância e perseguição gratuita, um prazer quase mórbido de desmerecer o profissional que mais tem oferecido de útil e bom para esse Clube nos últimos dois anos e pouco.
Mas infelizmente isto não é novidade para quem acompanha o Santos já de a muito tempo, assim como se desmerece o JP hoje, alguns também foram alvos, seja porque os consideravam ultrapassados ou inservíveis por conta de novos astros, exemplos: Pagão que saiu praticamente execrado do Santos e ainda foi mostrar que tinha muita lenha pra queimar e se destacar no tricolor do Morumbi, Toninho Guerreiro idem, Ailton Lira idem porque tinha o Pita que apesar de jogador acima da média deu uma banana pro clube e foi jogar no tricolor, Marola que foi o JP de sua época e outros mais.
Não sei qual a razão tem o JP para não dar um basta nessa “pegação no seu pé” e ir oferecer sua dedicação e qualidade em outro time grande, já que para muitos santistas ele é descartável e pouco entrega em prol do time.
Eu, Santista desde 1959, vindo de uma família quase toda de corintianos, nenhum Santista entre os ascendentes, apenas meu filho é tão Santista quanto eu, honro e aplaudo, reconheço e credito méritos e louvores a quem tanto faz pelo meu Clube, e hoje o JP é um desses mais dignos integrantes da minha galeria de ídolos.
Me perdoe pelo desabafo e se este meu posicionamento tenha sido enfadonho e talvez ofensivo.
Forte Abraço!
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Complementando, ou melhor, acrescentando: Laércio era ou foi um ótimo goleiro, mas viveu, e pra somar ainda teve a concorrência, em sua época do grande Gylmar do Santos Neves, integrava um time de feras, e assim só era lembrado pelos gols que levava, nunca pelas defesas que operava, invariavelmente de maneira sóbria, sem espalhafato, mas que garantia ao resto de seus companheiros segurança e confiança para buscar resultados vitoriosos.
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Caro Fábio :
Neste seu comentário, quando, em sentido amplo, você cita que este time do Santos é ordinário, por favor, permita-me acrescentar que também fazem jus desta análise Odair e Falcão.
Ambos, efetivamente, são protocolares em suas funções ; se um não treina à exaustão o time, nem ministra um mínimo de organização dentro de campo, o outro não aparece nem para a entrevista coletiva pós jogo. Será que Falcão não poderia vestir calção e chuteira e ensinar aos atuais jogadores como passar uma bola, como fazer um passe corretamente, como ter brio e gana para vencer um clássico à semelhança de um Gre-Nal ?
Por isso, caro Fábio, como sugestão, que nas suas pertinentes notas aos jogadores, nos próximos jogos também acrescente notas a Odair e Falcão.
Abraços santásticos !
Pedro
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Concordo com você em gênero, número e grau!
Clap … Clap … Clap.
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Sormani concordo com vc sobre o João Paulo, não sabe sair do gol ele me lembra o Edinho filho do Pelé bom goleiro debaixo das traves, além de ficar gritando como um desesperado sem orientação pois os dois gols até minha vó sabia que a bola parada ia na cabeça do Gil, culpa do técnico que não ordena seus zagueiros a marcar os jogadores altos que sobem de cabeça na área, ai coloca um anão pra marcar o Gil as duas jogadas foram iguais, não digo idênticas.
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Infelizmente o João Paulo falhou como aliás vem falhando já há algum tempo e o Maicon, então, nem se fale. Eu não entendo um zagueiro experiente como ele ficar parado olhando o atacante se posicionar pra receber a bola e não atacar a bola e o atacante diminuindo espaço pra dificultar o domínio da bola pelo adversário. Parado, olhando, esperando o quê? Parece que tem chiclete grudado na sola da chuteira. Agora, cá pra nós, respeito quem tem opinião diferente e muitos têm, inclusive ex-árbitros, mas o gol do Yuri Alberto foi mal anulado, assim como foi mal anulado um gol do Léo Baptistão, acho no ano passado, em favor do Santos. A possível falta do Yuri no Lucas Pires não passou de um encontrão casual. O VAR nem deveria ser acionado. Acho que em casos de dúvida a decisão deve ser sempre em favor do gol. Muitas vezes fica chato assistir futebol, quando impedimentos milimétricos são marcados com diferença da ponta da chuteira. As decisões, na minha opinião, deveriam ser sempre em favor do gol.
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Ainda, algumas observações. O Lucas Lima teve uma atuação abaixo das anteriores. Não comprometeu, mas esteve abaixo do que apresentou nos 2 jogos anteriores. Penso que sentiu um pouco de desgaste visto que não vinha atuando há muito tempo e o condicionamento físico deve ter pesado. A ver. A entrada do Lucas Barbosa no lugar do Ângelo, a meu ver foi acertada e espero que seja mantida. O Joaquim me parece ser promissor. É preciso ter um pouco mais de paciência com o Odair, ele me parece ser sério e já demonstrou ser competente. É preciso dar tempo. Os jogadores é que precisam ter uma mentalidade mais competitiva e comprometida. Às vezes parece que falta vontade, tesão pela vitória, raça. Há alguma acomodação, isso precisa mudar.
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