Por Fábio Sormani

Arrascaeta vai desfalcar o Flamengo nos dois jogos contra o Fluminense na decisão do Carioca. Além deles, estará de fora também da estreia do rubro-negro na Libertadores, quarta-feira próxima, contra o Aucas, no Equador.

Está com uma lesão muscular. Aliás, mais uma.

Não se espantem se o Flamengo perder as três partidas. O Fluminense já era pedra no sapato mesmo com um time inferior; hoje, sendo melhor, é favorito ao título do campeonato do Rio de Janeiro. E o Aucas, além de campeão equatoriano (superou o Barcelona de Guayaquil), tem a altitude a seu favor.

Com Arrascaeta já seria difícil. Sem ele fica mais complicado ainda.

O histórico de lesões do uruguaio não é desprezível. Até porque ele vem jogando com dores no púbis há praticamente seis meses. Já deveria estar de fora há tempos. Para cuidar e sarar dessas dores pubianas, dizem os doutores, teria que parar por uns dois meses.

Não dá — e nem ele quer. Arrascaeta prefere jogar com dores do que ficar no departamento médico.

O uruguaio, ao lado de Gabriel, é o principal jogador do Flamengo. O problema é que ele não consegue entregar o que pode por conta dessas lesões. E o time perde em desempenho. Com isso é batido e deixa escapar oportunidades de ser campeão.

Por conta de tudo isso, mais do que nunca, o Flamengo precisa encontrar uma solução para esse problema. Eu já disse nas minhas tribunas: se eu fosse o presidente Rodolfo Landin tentaria contratar Claudinho, ex-Red Bull Bragantino, atualmente no Zenit. O estilo de jogo de ambos é parecido. Mas poderiam, também, jogar juntos, por que não?

É o momento, pois, de o Flamengo não ser parcimonioso com seu dinheiro. Se quiser engordar seu cofre, aumentar seu patrimônio de títulos, exposição na mídia, percorrer nosso continente com altivez e tentar trazer para o Brasil um título mundial de clubes, se quiser tudo isso, é preciso gastar.

Infelizmente, não dá para ficar nas mãos (ou nos pés) de Arrascaeta. Ele tem se contundido além da conta.