Por Fábio Sormani

O Santos conseguiu importante vitória na noite desta terça-feira (11/04) ao bater o Botafogo por 2-0. Abre importante vantagem no confronto válido pela terceira fase da Copa do Brasil, pois o próximo jogo será na Vila Belmiro.

Nesta partida da Vila, todavia, o torcedor não poderá comparecer, pois o clube foi punido pelo STJD por conta de um engraçadinho metido a valentão que tentou agredir o goleiro corintiano Cássio na competição do ano passado. Portanto, torcida santista tivemos no jogo desta noite em Ribeirão Preto. Dos 12 mil presentes, dá pra dizer que uns quatro mil eram alvi-negros.

Mas vamos ao jogo…

O Santos construiu a vitória no primeiro tempo. Perto do que vinha mostrando, foram 45 minutos bem interessantes. À exceção de uma jogada de bola parada do Botafogo no início da partida, o Santos não sofreu.

Aos poucos foi se impondo até que aos 14 minutos o todo-campista Dodi (o melhor do time) fez lançamento primoroso para Lucas Lima marcar 1-0. Importante: Lucas Lima quase perdeu o gol, era só driblar o goleiro, mas ele chutou, o goleiro pegou e no rebote ele marcou.

O primeiro tempo se encaminhava para o final quando Lucas Barbosa fez igualmente um ótimo lançamento para o atrapalhado Marcos Leonardo. Pra sorte dele o zagueiro Diogo Silva fez um pênalti infantil, cobrado pelo próprio Leonardo que anotou 2-0. Importante: assim como Lucas Lima, Marcos Leonardo quase perdeu o gol, pois enfiou o pé na bola, no meio do gol e ela quase bateu no pé do goleiro Matheus.

O Santos foi sossegado para o intervalo e voltou dorminhoco para o segundo tempo. Nesta etapa final o time voltou a jogar o que ele vem jogando nesta temporada. Ou seja: nada.

O futebol foi pavoroso. Só não correu riscos porque o Botafogo, para minha surpresa, mostrou-se um time bem modesto.

O Santos ficou muito atrás e não conseguiu atacar e nem contra-atacar. Muito se deveu também a Marcos Leonardo, que matou todos os contragolpes por conta de erros de passe. Um horror.

Além da vitória, outro destaque vai para a entrada do menino Deivid. Aos 17 anos ele estreou rno profissional. No final da partida, fez uma linda jogada e quase marcou o terceiro gol santista, que seguramente selaria este confronto.

Deivid demonstrou desenvoltura, coragem, personalidade e mandou um recado para o técnico Odair Hellmann: quero jogar mais.

Tomara que toda a expectativa criada em cima desse menino se concretize. Com isso, o Santos ganha de fato um atacante de qualidade e meus nervos serão poupados se ele tomar a vaga de Marcos Leonardo.

Atuações

João Paulo — Foi muito bem nas bolas aéreas. Nota 5.
Nathan — Parece estar confiante e isso se traduz em um futebol que até hoje ele não jogou no Santos. Nota 5.
Messias — Péssimo! Nota 1.
Bauermann — Não deve ser fácil ser companheiro de zaga do Messias, mas, mesmo assim, ele não se complicou; ao contrário, esteve firme em todos os lances. Nota 6,5.
Felipe Jonatan — Fraco. Nota 2,5.
Camacho — Foi bem. Nota 5.
Dodi — O melhor jogador da partida. Esteve em todos os lugares. Muita qualidade com a bola nos pés. Ótimo senso de marcação. Seu passe para o primeiro gol foi um primor. Nota 9.
Lucas Lima — Fez o gol e o resto do tempo em que esteve em campo aproveitou para descansar. Nota 3.
Daniel Ruiz — Tímido. Nota 3.
Lucas Barbosa — Ótimo passe para ML sofrer o pênalti que se transformou no segundo gol. Mas precisa se controlar mais. Estabanado, fez faltas desnecessárias e perigosas perto da área do Santos. Nota 3,5.
Marcos Leonardo — Matou todos os contra-ataques que o Santos criou no segundo tempo por conta de passes errados. É esforçado, reconheço, mas é grosso na mesma proporção. Nota 1,5.
Rodrigo Fernandez — Ele é prova clara de que ser jogador de futebol hoje em dia não é nada difícil. Nota 2.
Miguelito — Tem qualidade. Merecia mais minutos. Nota 4.
Ângelo — Jogou meia hora e não fez absolutamente nada. Nota 1.
Carabajal — Jogou a metade do tempo de Ângelo e foi solidário ao companheiro. Nota 1.
Deivid — Em dez segundos ele mostrou que pode ser, finalmente, o camisa 9 que o Santos tanto procura. Na única vez que pegou na bola fez uma linda jogada e quase marcou um gol. Nota 8.