Por Fábio Sormani

O Fluminense bateu o Paysandu no Maracanã por 3-0. Primeiro jogo dos dois que reserva esta fase da Copa do Brasil. Foi um novo passeio do tricolor carioca. Dá gosto ver jogos do time do Fernando Diniz. É um deleite para os olhos.

Foram 3-0 e o Cano não marcou, acredita? Pois acredite: desta vez não foi preciso contar com os gols do argentino. Nino, Keno e Felipe Melo marcaram os gols do Flu, todos no primeiro tempo.

Como resolveu o jogo no primeiro tempo, o Flu descansou no segundo, certo? Errado: o time seguiu jogando pra frente procurando fazer mais gols. E Cano, que não marcou desta vez, mandou uma bola na trave. Não saiu gol no segundo tempo, mas o time foi intenso do primeiro ao último minuto.

Se na etapa inicial o time teve 71% de posse de bola e na segunda 61%, o Flu arrematou muito mais no segundo tempo: 13-9. No total, foram 22 finalizações. Uma delícia pra quem gosta de futebol bem jogado, como é o meu caso.

Tem gente que diz que o futebol do Flu é cheio de altos e baixos. Você consegue entender essa crítica? Nem eu.

Veja só: dos últimos dez jogos, o Fluminense venceu oito e perdeu dois. Foram 33 gols marcados e sete sofridos. Na temporada, um total de 17 partidas foram disputadas: 12 vitórias, um empate e apenas quatro derrotas. 38 gols feitos e 10 levados.

O Fluminense é o time brasileiro que mais aplicou goleadas nesta temporada. Como eu considero 3-0 goleada, foram seis: 3-0 no Audax Rio, 3-0 na Portuguesa carioca, 5-0 no Bangu, 7-0 no Volta Redonda, 4-1 no Flamengo e esses 3-0 no Paysandu. É também o time que mais venceu no Brasil: 10 triunfos.

Ver o Fluminense jogar é ver o futebol sendo bem praticado. Respeito os adeptos do resultadismo, mas não é o meu caso. Eu gosto de ver a bola sendo bem tratada — e o Flu faz isso.

Vou torcer muito para o Fluminense ganhar a Libertadores. Vou torcer porque eu acredito que esse time é o único que não vai se intimidar diante de um gigante europeu em uma suposta final do Mundial de Clubes. Pode não ganhar, mas não vai ser um time covarde como foi o Palmeiras do Abel Ferreira contra o Chelsea.

Estou farto de ver o pragmatismo tomando conta de jogos que têm tudo para ser marcantes e inesquecíveis. Como uma possível final do Mundial, por exemplo.