Por Fábio Sormani
O Santos conseguiu um ótimo resultado ontem (20/05) contra o Palmeiras. Mesmo jogando na Vila Belmiro, empatar com (talvez) o melhor time do Brasil é inestimável.
Mais ainda: concedeu ao Palmeiras, melhor ataque do Brasileiro com 16 gols marcados em sete jogos (pouco mais de dois por partida), apenas seis oportunidades para finalizar. Delas, apenas três foram corretas, mas nenhuma expressiva assim, porque eu, sinceramente, não me lembro de nenhuma grande defesa do João Paulo. Assim, o Palmeiras passou em branco pela primeira vez na competição.
É nítida a melhora defensiva no Santos. Joaquim aparece como o esteio do sistema. Tem jogado muito bem. E só para pontuar, montar sistemas defensivos tem a ver com o trabalho do treinador; o ofensivo também, mas ele depende muito mais do talento do atleta do que do dedo do técnico.
E por falar em ataque, não se esqueçam que o Santos de ontem jogou sem seu ataque considerado titular: Mendoza, Marcos Leonardo e Soteldo. Ontem atuaram Ângelo, Deivid e Lucas Braga. Mesmo assim, finalizou mais do que oa poderosa linha palmeirense: 8-6.
Cinco desses oito arremates foram dados pelo Deivid. Mais uma vez cai por terra as justificativas dos “leonardetes” de que o jogador joga mal porque a bola não chega. Ontem, mesmo com apenas 38% de posse de bola, Deivid chutou cinco vezes contra o gol palmeirense. Cinco! Por quê? Simples, porque Deivid é bom. Deivid se mexe, tem ambições ofensivas, sabe atacar os espaços, é habilidoso e não tem o vício maldito da simulação da falta recebida. Deivid pega a bola com o objetivo de chegar ao gol adversário; Marcos Leonardo quando recebe uma bola se preocupa em cavar faltas.
Por conta disso, Deivid Washington (como ele gosta de ser chamado) seria o meu titular quando todos os jogadores estiverem à disposição do técnico Odair Hellmann. Aliás, por falar nisso, o que acontece com o departamento de saúde do Santos? Como é que se libera um jogador (Mendoza) para uma partida sem ele estar em condições plenas? Resultado: lesionou-se novamente. E a preparação física? O que acontece com ela? Por que tantas lesões musculares?
Esse é uma resposta que tem que ser dada ao coordenador de futebol, Paulo Roberto Falcão. Mas será que ele está atento a isso? Duvido.
Ótimo resultado e, com ele, o Santos vai permanecer a primeira metade da tabela de classificação do Brasileiro. Os três próximos jogos serão contra Bragantino (F), Inter (C) e Coritiba (F). Do jeito que está jogando, dá para sonhar com três vitórias. Por que não?
Atuações
João Paulo — Pouco trabalhou. Nota 5.
Inocêncio — Desta vez não brilhou como das outras. Nota 5.
Joaquim — O esteio da zaga. Nota 8,5.
Messias — Vinha jogando bem, mas teve que sair no intervalo. Nota 7.
Lucas Pires — Desta vez foi bem: desinibido no ataque e firme na marcação. Nota 7.
Fernández — Cumpriu bem seu papel. Nota 6.
Dodi — O Kanté do Santos: está em todos os lugares. Nota 8.
Lucas Lima — Enquanto teve fôlego, foi bem. Cansou no segundo tempo. Nota 6,5.
Ângelo — Mal novamente. Nota 2.
Deivid — Atrevido, desinibido, destemido. Nota 8.
Lucas Braga — O de sempre. Nota 2.
João Lucas — Jogou pouco tempo. Sem nota.
Maicon — Sem ritmo, mas não comprometeu. Nota 5,5.
Lucas Barbosa — Atrapalhadíssimo. Nota 2.
Daniel Ruiz — Fraquíssimo. Nota 2.
Ivonei — Jogou pouco tempo. Sem nota.
2 respostas para “Santos segura o Palmeiras e mostra que continua em crescimento”
Parabéns aos atletas, dentro de suas possiblidades e limites, ontem honraram o manto santista ..
Contra a porcada têm que ser assim, focado até o apagar das luzes, pois eles não desistem.
Esperamos a mesma pegada na sequência …
Acho que o maionese errou em tirar o Ângelo, era o único com velocidade…
Porque não poderíamos ter 3 volantes, com LL mais a frente, não de ponta, é o Ângelo e o Deivd na frente?
Fomos bem…empate foi bom.
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Caro Fábio :
Bom Dia !
Há um ancestral ditado popular que diz : ” quem teme perder, já está vencido “.
Fiz essa citação porque, sob o meu ponto de vista, a pessoa que temporariamente ocupa o cargo de técnico do Santos, adotou uma tática totalmente defensivista, sem a mínima vontade de ganhar, pois, de antemão, entendeu que o empate seria um ótimo resultado.
Entendo que o empate só poderá ser considerado bom resultado se, em função do jogo, aos 48 minutos do segundo tempo, seu time estiver perdendo, você empatar e ganhar o título; caso contrário, não é bom resultado empatar.
Além do que, somente em relação à performance do Santos, não fazer uso do Alison, por pura picuinha porque Alison não é jogador por ele indicado, e, com isso, liberando mais Lucas Lima, Angelo e Deivid de funções de marcação, parece-me uma alternativa errônea ( conforme também vez alusão seu leitor Paulo Sergio ) .
E, neste 22/05/23, no dia do abraço, abraços sempre santásticos !
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