Por Fábio Sormani
O Flamengo fez uma partida melancólica contra o Cruzeiro na noite deste sábado (27/05) num Maracanã com 65.270 torcedores. E os mineiros, mesmo jogando fora de casa, não devem ter comemorado tanto o resultado, porque poderia ter vencido a partida que acabou empatada em 1-1.
A situação do Flamengo é preocupante. Jogadores machucados, desinteressados e em péssima fase. Tudo isso faz do rubro-negro um time comum, quando a gente bem sabe que de comum ele não tem nada.
Mas sem Arrascaeta e Éverton Ribeiro, lesionados, com um Gérson indolente e um Pedro desinteressado, não tem como jogar bem e dobrar adversários que atuam com a faca nos dentes, como foi esse Cruzeiro do técnico Pepa, o português.
E por falar em treinador, não há Guardiola que dê jeito num time como esse do Flamengo. É claro que se Guardiola estivesse no vestiário o comportamento dos jogadores seria outro. Até os que estão machucados iriam querer voltar o mais rápido possível.
Mas Guardiola não está no Flamengo. Quem lá está é Jorge Sampaoli. E esse princípio de trabalho do argentino me desaponta, pois eu esperava muito mais.
A impressão que me dá é que Sampaoli foi engolido pelo grupo. Talvez ele esteja silencioso porque espera pela chegada dos reforços no meio do ano. De posse de uns cinco deles, Sampaoli vai poder fazer esse preguiçoso Flamengo mudar sua feição, uma vez que terá a oportunidade de afastar jogadores desinteressados, como é o caso do centroavante Pedro, um jogador irritante.
Com novos atletas, Sampaoli vai montar seu time e, com ele, os blasés terão que despertar para a nova realidade. Caso contrário, serão marginalizados.
Sendo assim, do jeito que estou vendo, não dá para esperar muito mais desse Flamengo no momento. O negócio é aguardar pela chegada de julho e torcer para que a partir de agosto o quadro seja diferente.
É possível, porque, como eu já disse, Sampaoli é ótimo. Melhor que Jorge Jesus.