Por Fábio Sormani
O Brasil foi um desastre ontem (17/10) contra o Uruguai. O time não jogou nada, nem individual e muito menos coletivamente. Por isso, a derrota por 2-0 acabou sendo normal.
O coletivo, ou seja, a parte que cabe ao técnico Fernando Diniz, foi um equívoco só. Por conta de sua filosofia de jogo, que privilegia a saída de bola de trás, atraindo o adversário para buscar espaços nas costas da primeira linha de marcação e a linha seguinte, os jogadores mais talentosos do nosso selecionado têm que voltar para fazer a saída, pois Casemiro não tem qualidade técnica para isso. E o que se viu, em vários momentos, foi Neymar trocando de posição com o volante brasileiro, voltando para, com seu talento, levar a bola até os atacantes. Numa dessas jogadas o ex-craque do Santos lesionou gravemente o joelho.
O Brasil já perdia por 1-0 e a saída de Neymar foi um baque não apenas para as pernas do nosso selecionado, mas também para o mental. O Menino da Vila é a referência brasileira, dentro e fora de campo. Os jogadores o adoram como companheiro de equipe e de vida. O time não teve forças para reverter o placar e foi derrotado por um adversário que não ganhava do Brasil havia mais de 22 anos.
Do ponto de vista individual, mais uma vez Vini Júnior foi uma caricatura daquele jogador que encanta no Real Madrid. Não jogou nada, absolutamente nada. Tenho dito e torno a dizer: um jogador com o talento que ele tem não pode ficar preso apenas a uma faixa restrita de campo. A movimentação que o Rodrygo faz, Vini deveria fazer também, pois isso, além de confundir a marcação adversária, cansa os beques inimigos também. Mas não; o ex-flamenguista limita-se a jogar como ponta-esquerda e lá, quando a marcação dobra ele tem dificuldades; quando triplica, ele sucumbe.
Some-se a isso o fato de o Brasil hoje não ter um camisa 9. Richarlison não tem calibre para isso; Gabriel Jesus, nem pensar.
A saída para a posição está em dois meninos: Vitor Roque e Marcos Leonardo. O atacante do Athlético-PR, infelizmente, está lesionado, enquanto o santista não foi observado por Diniz com a atenção que ele merece porque está atravessando uma fase excelente, merecedora de uma convocação.
Os próximos dois jogos do Brasil são complicados: a Colômbia, fora de casa, e a Argentina no Maracanã. Duas derrotas não serão surpresa alguma. Se isso ocorrer combinado com alguns resultados de outros times, a seleção pode despencar na tabela de classificação.
Isso seria problema para o próximo Mundial? Não creio; mas o vexame sim.
Não se sabe mesmo se Carlo Ancelotti será o treinador brasileiro a partir da metade do ano que vem, quando termina a temporada europeia. Diniz já deu mostras de que terá problemas em implantar sua filosofia aos jogadores. Se ele cair, quem assumiria caso Ancelotti não venha? Dorival Júnior, outro gringo?
O fato é que o momento não é nada animador. Somos uma lástima quando o assunto são os nossos jogadores e também os nossos treinadores. Mais um fracasso em um Mundial não seria nada nenhuma surpresa.
O que fazer para mudar este cenário? Esse é um assunto que tratarei futuramente.
5 respostas para “Derrota para o Uruguai escancara a fragilidade do futebol brasileiro”
Graças a Deus é um modo de dizer, porque Deus não está preocupado com futebol, mas esta porcaria de eliminatórias acabou , o futebol de verdade volta, de times, de torcida, esse sim, não tem mimi, tem raça camisa suada sangue.
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Sormani com todo respeito,tenho uma sugestão melhor que a sua para camisa 9,que tal Martinelli de falso 9?Pq esse jogador tem tão pouca mídia?As pouquíssimas (e olha pouquíssimas nisso)vezes que ele jogou foi muito bem .Está na hora de vocês da imprensa sair da bolha e reconhecer,não tem problema nenhum ele ter saído do Ituano direto para a Europa ,isso só mostra o quão bom ele é
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Prefiro os dois meninos que jogam aqui.
Abs.
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Obrigado por responder abs
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Boa tarde Sr sormani, se está ruim com Neymar, imagina sem…..os críticos que adoram pisar , chamar de cara gorda e outros adjetivos; sentirão falta de seu futebol…..em outras épocas o zico não faria tanta falta, nem Rivaldo, nem Kaká, tínhamos jogadores de um nível bom pra substituí -los , hoje não temos ……Pra jogar no lugar dele…
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