Santos contratou bem; agora é com você, Fábio Carille

Por Fábio Sormani

Pessoal, desculpe a ausência. Não há explicação plausível para isso; desta forma, não as darei. Apenas peço a compreensão de vocês, queridos amigos e amigas queridas.

Mas cá estou, de volta, a conversar com vocês. E dizer que gostei muito da movimentação do Santos neste mercado da off-season.

A gente pode não gostar de 100% das contratações, mas que elas foram boas não há como negar. Ou alguém censuraria as vindas do lateral Aderlan, do zagueiro Gil, dos volantes Pituca e João Schmidt e do meia Giuliano? Não tem como torcer o nariz para esses acordos. São todos ótimos jogadores.

Há outras apostas, como os atacantes Pedrinho, Marcelinho e Guilherme. E experientes como Otero, Cazares e William Bigode, que podem perfeitamente dar certo.

O Santos é outro time e, seguramente, esse time, ano passado, não seria rebaixado. Terminaria, acredito, na zona da Sula — quem sabe até da Libertadores, exagero meu?

Sim, estou otimista. Acho que esse elenco formará um grande e competitivo time, que irá encher de orgulho o torcedor santista no Paulista e principalmente no Brasileiro da Série B, onde, infelizmente, o Santos está e não deveria jamais estar.

Fábio Carille é o treinador. Não seria o meu escolhido, confesso, mas ele chega ao Santos ostentando um currículo onde aparecem um título Brasileiro e três Paulistas. E, temos que dizer, insucessos em todos os times que dirigiu à exceção do Corinthians, inclusive no próprio Santos.

Mas vamos acreditar no homem, principalmente porque ele ajudou na arquitetura deste elenco, convencendo direta e/ou indiretamente jogadores rodados e com bom currículo a vestir a camisa do Santos e jogar a Série B, o que muito gente não quer. Carille tem o grupo nas mãos, agora é com ele.

Está tudo pronto? Ainda não: falta um goleiro. Eu diria, dois. Sim, pois eu abriria mão do João Paulo, um menino esforçado, mas que, é preciso dizer mais uma vez, anda de mãos dadas com a má sorte. E goleiro sem sorte é goleiro descartável.

Eu abriria mão do João Paulo e contrataria um arqueiro para ser titular e outro para ser o reserva imediato. Isso porque, pensando cá com os meus botões, acho que nenhum goleiro de nível vai assinar um contrato com o Santos sabendo que o João Paulo está lá.

É preciso limpar a área. E limpar a área significa negociar o João Paulo, um santista confesso, sofredor, eu sei, mas que não tem sorte e goleiro sem sorte, eu já disse, não é confiável.

Um goleiro — e um goleiro reserva também. Se isso acontecer, com o elenco que lá está e torcendo para o Carille mudar o rumo da sua história fora do Corinthians, o Santos tem tudo para fazer deste 2024 o que não foi nos três anos anteriores.

O zagueiro Gil durante treinamento no CT Rei Peé. Foto: Instagram

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