Santos não passa confiança, mas o futebol é a negação da coerência

Por Fábio Sormani

Eu não sei até onde esse Santos pode ir. O futebol é imprevisível. Por isso é encantador.

Mas se a faculdade do entendimento for chamada a intervir, a gente não pode achar que esse Santos tenha competência para ganhar do Palmeiras, por exemplo, em uma imaginária final de Campeonato Paulista. Pode ganhar de um São Paulo, de um Corinthians ou de qualquer outro time que na final aparecer. Mas do Palmeiras é complicado.

Esse Santos, por mais encantador que seja até este momento, não me passa segurança alguma de que possa ser um campeão. Ainda mais de um torneio onde o Palmeiras, volto a dizer, é competidor.

O Santos tem carências — ou deficiências, se você preferir. Esse time não tem ataque, porque não tem atacantes. Seus ponteiros são ruins e seus atacantes centralizados, que na minha época eram chamados de centroavantes, são todos débeis também.

Guilherme, Pedrinho e Marcelinho são nossos ponteiros. Todos frágeis. Furch, Bigode e Morelos são os nossos 9: todos criticáveis.

É difícil ser campeão com ataque tão pouco confiável como esse. Pontas ruins e centroavantes simplórios.

Dá para ser campeão sem eles? Claro que dá, afinal estamos falando de futebol, o esporte do imponderável, do imprevisível. Basta se segurar na defesa e levar as decisões para as penalidades. E nelas ganhar e ser campeão. Este é um exemplo. Quer outro? Jogar por uma bola, fazer um gol e a ele se apegar.

Mas isso é ingrediente do imponderável. O que os nossos olhos nos revela é que esse time pode chegar à final, mas nela, se o Palmeiras for seu oponente, poucas possibilidades esse time terá.

Repito: o Santos não tem pontas e nem um centroavante. Em sua época de ouro, o Santos sempre foi muito bem servido nessas posições. Hoje não é — assim como o futebol de hoje é diferente do futebol do tempo em que o Santos conquistou o mundo. Quem sabe seja possível ser campeão assim. Disso eu não sei; disso eu duvido.

Quem sabe dê certo. Eu torço para.

Jogadores comemoram o gol de Hayner. Foto Instagran,

3 respostas para “Santos não passa confiança, mas o futebol é a negação da coerência”

  1. Assino em baixo no seu relato do Santos de hoje, apesar de minha assinatura não valer em nada kkkk,, mas volto a dizer aquele menino Ronald que está no banco do Agua Santos poderia ser contratado, como alguns dizem, um cara que quebra as linhas de defesa é o que ele faz, a vão dizer que é uma aposta, que seja, na base não tem nada que sirva neste momento, uma das poucas esperanças é muito novo Kauan Basile.

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  2. Sormani, sim você está certo na sua análise sobre os atuais centroavantes do nosso time, mas acho que o Carille deveria deixar o Furch mais tempo em campo. Jogou pouco até agora e talvez numa formação com dois pontas ofensivos que cruzem na área, ele é forte e bom de cabeça, além dos dois laterais que também são ofensivos e cruzam bem , o sucesso contra defesas fechadas será certo. Deixa o cara jogar até cansar, pois o ritmo de jogo e o entrosamento farão o cara mostrar a que veio.

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  3. Pra mim, temos 8 ou 9 jogadores..
    Aderlan
    Gil
    Joaquim
    F jonata razoável
    Hainner fisicamente bom
    Schimidt
    Pituca
    Giuliano
    Bigode…sempre foi tinhoso..
    ….

    Não temos ataque…….
    O time de milhares de gol, não tem 9 , 11, 7 ..

    Mais estamos melhores do que os perebas do ze Ruela….

    Podemos ir a semi final…..e só.
    ..
    Vamos sofrer na B.

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