Por Fábio Sormani

Valeu pelos três pontos, porque futebol mesmo, que é bom, pouco teve. O Santos fez 2-0 no Paysandu no seu debute na Série B do Brasileiro ontem (20/04) numa Vila Belmiro deserta (portões fechados por conta de punição do STJD), mas não teve o controle do jogo.

E isso preocupou. Sim, pois findadas duas semanas de treinos e com os jogadores descansados, esperava-se mais, muito mais.

O grande problema, a meu ver, foi o futebol econômico do trio de meio-campistas. Schmidt, Pituca e principalmente Giuliano jogaram abaixo do que poderiam e deveriam.

Giuliano foi quem mais decepcionou. E com ele fora de sintonia, não há música para os ouvidos.

O primeiro tempo foi pavoroso; no segundo o time melhorou um pouco, mas no sentido de que ficou mais com a bola. E se na etapa inicial finalizou apenas uma vez, na segunda foram oito arremates, dois deles no fundo da rede paraense.

E o que aconteceu para que isso acontecesse? Chermont, o estreante Rodrigo Ferreira e principalmente o ponta Pedrinho entraram muito bem no jogo e ofereceram opções ofensivas que Aderlan, Hayner e Otero sonegaram.

Pedrinho fez o primeiro gol. O segundo foi de Guilherme, que se aproveitou de um rebote do goleiro Matheus Nogueira após chute de Pedrinho.

Fábio Carille vai ter uma semana para melhorar esse time. O próximo jogo será na sexta-feira contra o Avaí, em Floripa. Avaí que foi batido pelo Operário, no interior paranaense, por 1-0, tendo tomado o gol aos 51 do segundo tempo.

Não vai ser fácil, especialmente se repetir o futebol de ontem. Se melhorar, melhoram também as chances de um bom resultado.

Pra finalizar: o Santos precisa de um substituto para Giuliano para quando ele não estiver bem (Cazares não é esse cara), precisa de mais um zagueiro (a saúde de Jair preocupa) e necessita de um centroavante para revezar com Furch (o menino Enzo parece ser ainda um menino).